quinta-feira, 17 de setembro de 2015

MINHAS PALAVRAS




Dá alegria ver
Seu riso no céu escuro
O bom é poder ter
Seu corpo no meu, seguro.

Seus olhos brilham bastante
Como se não tivesse dormido
Duas luzinhas constantes

Que riem sem nenhum gemido

PAZ



O que eu sei de nós dois
É gostar do amor
E gostar de amar
Guardamos pra nós
Os carinhos depois
Lembrando do jeito
Que por algum direito
Podemos lembrar

Apenas ficamos
Por um tempo sozinhos
Esperando e querendo
De novo encontrar
De noite ou de dia
Não importa o lugar
Nós nos entregamos
Ao ideal carinho

Que nos faz tão contentes
A esse amor nos damos
Bem sei que nós dois
Amamos iguais
Sabemos pra sempre
Que o amor amado
Não faz nenhum mal
E evolui na paz.


(Duda Flores)

SOMBRA



Meus olhos abertos buscavam
Um sonho longínquo
Eu nunca guardei sonhos
Não seriam sonhos do passado
Pelas ruas não andava sozinha
Minha alma
Minha sombra e eu
Meu corpo calado
Minha alma perdida
Minha sombra
Que só imitava
O que me assustava
Era o aparente novo
O desconhecido
Por esse tempo nas ruas
Contei muitas luas
Esqueci que fui tua
O que mais eu queria
Era não ser notada.

(Duda Flores)

OLHANDO NOS SEUS OLHOS



Parecia feitiço
Havia magia
Naquela hora
Quando meus olhos
Pousaram nos teus
Tão feiticeiros encantadores
Sedutores olhos de paixão
E os meus
Só olhavam os teus
De cor estranha interrogativos
Sorriam...
E neles existiam
A luz do prazer...
Mas esses olhos
Cheios de fulgores
De tão bonitos
E sedutores
Desconheciam o bem-querer...
Foram os meus olhos
Que te enfeitiçaram
Toda magia é o meu amor.

(Duda Flores)

COLHEITAS DE AMOR



Nas colheitas de amores ardentes
Parece decente
Os abraços e beijos
Juntando as pernas
Aperta no peito
E se quer muito bem
Parecem capazes
De amar para sempre
O encanto domina
Nos poemas e trovas
Traduções de canções
De versos exóticos
Bem apimentados
Que trazem pra nós
Fantasias fatais
Mas, se remexo
Os antigos baús
Encontro verdades
Que me surpreendem
Perfeitos reclames
Do amor infinito
Cresci para ver
É raro demais
Você pode crer.


(Duda Flores)

SONHO DE AMOR



Perder-me achar-me
É tudo o que sei
Afastar os medos
Falar dos segredos
Confiar em mim

Olhar para frente
Guardar os carinhos
Por esse caminho
Livro-me dos espinhos
Confiando em mim

Por bem ou por mal
Não há diferença
Na minha consciência
Esse é o caminho
Confiando em mim

Amor e sonhos
Que o destino trás
Divido contigo
No que nos dá paz
Confiando em nós.


(Duda Flores)

ENCONTRO


Num fim de tarde
Como muitos outros
A gente se encontra
No banco da praça
Um pássaro voa lento
Sobre nossas cabeças
Um gesto um abraço
Em tom de prece
Que parece a partida
Antes de partir
No breve caminho
De volta pra casa
A visão do carteiro
E o sol ardente de quente
Trazendo mensagens
Por certo certeiras
E a pesar de tudo
A gente percebe
Nos sorrisos secretos
O cansaço da espera
A tarde é tão curta
E o tempo se esgota
Não temos ouvidos
Diante dos gestos
As nossas palavras
Hão de ficar
No bolor da memória
Como felicidade adiada
Pra qualquer dia ou noite
Num fim de tarde
Como muitos outros
A gente se encontra

No banco da praça. 

(Duda Flores)

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A ONDA

                                       
                                          

A onda do mar balança

Respinga águas salgadas
Molha minha alma vestida
De uma imensa saudade
A luz da lua investida
Na busca da felicidade
Hoje eu sinto no peito
O que pra mim é verdade
Longe de você
Perto da lealdade
Não conto tempo
Conto instantes
Não ignoro a cidade
Tenho que entender
Enxugando essas lágrimas
Devagar secar o pranto
Aprender que vale mais
O balancê sem você
(Duda Flores)